Ao fazer uma busca no Google, o topo da página mostra alguns resultados marcados como anúncio. Você os considera ou ignora e vai direto para os primeiros resultados organicamente ranqueados? Se você ignora – ou clica de vez em quando – está com a maioria.
Segundo uma pesquisa encomendada pela agência Hedgehog Digital, feita em parceria com a Opinion Box e obtida com exclusividade pela EXAME, 43% dos usuários do buscador ignoram os anúncios, e o mesmo percentual afirma interagir com o anúncio às vezes. Apenas 10% dos respondentes afirmam usar os anúncios com frequência.
O comportamento pode ter alguma relação com a idade do público. Segundo o estudo, anúncios ganham mais atenção de usuários com mais de 50 anos, enquanto 36% do público que tem entre 16 e 29 anos costumam pular a publicidade para começar a analisar os resultados.
A cobiçada primeira página
Se os anúncios são ignorados, os resultados que aparecem em páginas muito distantes na pesquisa também caem no ostracismo. Mesmo a primeira página tem poucos adeptos: apenas 61% dos respondentes do estudo afirmam vê-la até o fim.
A porcentagem cai para 21% entre os que vencem a primeira página e resolvem analisar os resultados da segunda. Da terceira em diante, apenas 12% dos usuários continuam a consulta.
“Vencer a competição e estar presente na primeira página do Google se revela cada vez mais importante”, diz Felipe Bazon, diretor de pesquisas da Hedgehog Digital no Brasil. “Entender o comportamento de busca do usuário e o que isso significa para o mercado são as melhores formas de posicionar uma marca no buscador.”
Intenções de busca
O estudo também aponta as razões que mais têm levado usuários a fazer buscas no Google, mostrando que, durante a pandemia, há uma tendência de intensificação do uso comercial do buscador. Descobrir e comparar preços de mercadorias é a ação mais mencionada, superando 70% dos usuários.
Em segundo lugar, com porcentagem semelhante, está a ação de buscar informações sobre os produtos. Buscas sobre assuntos diversos estão na terceira posição.
A tendência se confirma na análise dos filtros utilizados: a ferramenta Google Shopping é a mais acionada entre usuários brasileiros.